Maconha medicinal chega a Nova York
Será permitido beber, ingerir ou inalar, mas não será permitido de forma alguma fumar. A maconha para uso medicinal está prestes a chegar ao Estado de Nova York: cinco empresas já têm autorização do governador para começar a distribuir cannabis para fins médicos no início do próximo ano e dar um novo impulso a uma indústria em ascensão. Com o debate aberto nos EUA e no México, e o uso terapêutico já aprovado em vários Estados, o número de empresas dedicadas ao cultivo disparou nos últimos anos.
Sua firma – junto com Etain, Bloomfield Industries, PharmaCannis e Hunts Point – tem a obrigação de cultivar a maconha dentro do Estado para vendê-la através de dispensários. O primeiro deles, o Columbia Care, será inaugurado em Manhattan, na rua 14, perto da Union Square.
É uma indústria em crescimento. De acordo com dados compilados pela Bloomberg, existem 55 empresas cotadas em bolsa, com uma capitalização combinada de três bilhões de dólares. O setor tem recorrido bastante aos Estados que estão dando luz verde.
Dahmer era um médico de família e decidiu dar uma guinada em sua carreira ao entrar no projeto de outro médico, Kyle Kingsley, presidente-executivo da Empire. É, por enquanto, uma empresa pequena, como ainda são pequenos e médios os grupos que estão explorando esse negócio, em sua maioria.
O estigma de droga que o produto carrega é um dos obstáculos à sua comercialização. Mencionar "maconha" para Dahmer é semelhante a espetar um bicho: "Não gostamos dessa palavra, é pejorativa e fornece uma imagem negativa da cannabis, é como se referir ao ópio como heroína".
Também não lhes favorece o debate aberto sobre a legalização geral da cannabis, ou seja, a legalização do chamado "uso recreativo", porque temem que contamine o processo de abertura de seu uso medicinal. "Não somos políticos, nem nos interessa o uso recreativo de cannabis. Não queremos que esse debate se misture com o uso médico", diz o responsável pela Empire.
A legalização total da maconha está sendo debatida na Califórnia e no Arizona, e já existe – regulamentada, taxada com impostos e disponível para adultos – em outros Estados, como Colorado, Oregon, Washington e Alasca, de acordo com dados do Marijuana Policy Project, uma organização que luta pela descriminalização. Sua utilização é permitida para fins médicos em cerca de uma dúzia de Estados norte-americanos.
Embora o programa esteja previsto para começar oficialmente em 5 de janeiro, Cuomo aprovou na semana passada dois projetos de lei para antecipá-lo em dois meses no caso de pacientes com comprovada necessidade de recorrer ao tratamento.
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