Marcha da Liberdade reúne milhares em São Paulo
Manifestação foi resposta de dezenas de organizações à repressão policial ocorrida na semana passada contra a Marcha da Maconha
Milhares de manifestantes contrariaram uma determinação da Justiça e, sob a proteção de centenas de policiais militares, atravessaram o centro de São Paulo em uma marcha pela liberdade de expressão. Segundo a Polícia Militar, 1 mil pessoas participaram do protesto. Pela contagem dos manifestantes, o número chegou a 5 mil.
Milhares de manifestantes contrariaram uma determinação da Justiça e, sob a proteção de centenas de policiais militares, atravessaram o centro de São Paulo em uma marcha pela liberdade de expressão. Segundo a Polícia Militar, 1 mil pessoas participaram do protesto. Pela contagem dos manifestantes, o número chegou a 5 mil.
Embora o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tenha proibido a marcha, manifestantes e PM fecharam um acordo liberando a manifestação desde que não houvesse referências a drogas.
A manifestação foi a resposta de dezenas de organizações da sociedade civil à repressão policial contra a Marcha da Maconha, no sábado passado, quando a PM atacou os manifestantes com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha causando pânico na região da avenida Paulista. A Marcha da Maconha havia sido proibida pelo desembargador Teodomiro Mendez, do TJ-SP. No final da tarde desta sexta-feira, o tribunal também proibiu a Marcha da Liberdade, sob o argumento de que a nova manifestação seria apenas a Marcha da Maconha disfarçada.
A proibição e repressão fizeram com que diversas organizações com as mais diversas causas se juntassem aos organizadores da Marcha da Maconha para promover a Marcha da Liberdade.
Maconheiros (com muito orgulho e muito amor, segundo eles próprios), ambientalistas, sem-teto, bicicleteiros, skatistas, tabagistas, músicos, atores, cineastas, palhaços, escritores, sem-terra, vítimas da ditadura militar, políticos, defensores da legalização do aborto, usuários de ônibus, gays, integrantes da Fração Trotskista da Quarta Internacional, lésbicas e simpatizantes se reuniram no vão livre do Masp para protestar com flores nos cabelos ao som do samba e do maracatu pelo direito de liberdade de expressão e manifestação.
Duzentos e cinquenta policiais militares além de um contingente da Tropa de Choque foram mobilizados para garantir a segurança. Segundo organizadores do protesto, a ordem partiu do Palácio dos Bandeirantes, onde a avaliação foi de que as ações da Justiça e do Ministério Público (que solicitou a proibição) deixaram o governo em má situação.
"Certamente houve uma motivação do governo do Estado que não quer arcar com o ônus da repressão a uma manifestação pacífica", disse o advogado da marcha, Raul Ferreira.
A palavra "maconha" foi ocultada em todas as faixas e camisetas e substituída por "liberdade", "substância" e "pamonha" nos gritos de guerra, provando risos até entre policiais.
Ao contrário da semana passada, quando mesmo depois de um acordo semelhante a PM atacou os manifestantes, a Marcha da Liberdade correu em clima de tranquilidade. A paz só foi quebrada quando integrantes do grupo que protesta contra o aumento da tarifa de ônibus tentou estender uma faixa no mezanino do Conjunto Nacional, na esquina da Paulista com a rua Augusta, e foram contidos pela segurança do prédio.
Quando a marcha já estava no final da rua da Consolação, os punks Júlio Cesar Ferreira Amaral e um amigo identificado como Johny Punk, foram presos depois de chutar e urinar em um carro da TV Globo. Eles já haviam causado tumulto em protestos contra o aumento da tarifa de ônibus e foram censurados pelos próprios organizadores da marcha.
Os temas das manifestações iam desde a legalização das drogas e do aborto até o repúdio aos assassinatos de líderes ambientalistas na Amazônia. Durante a descida da Consolação um grupo gritou em favor do aumento do piso salarial dos policiais civis e militares, arrancando sorrisos dos PMs que trabalhavam na manifestação.
A manifestação foi a resposta de dezenas de organizações da sociedade civil à repressão policial contra a Marcha da Maconha, no sábado passado, quando a PM atacou os manifestantes com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha causando pânico na região da avenida Paulista. A Marcha da Maconha havia sido proibida pelo desembargador Teodomiro Mendez, do TJ-SP. No final da tarde desta sexta-feira, o tribunal também proibiu a Marcha da Liberdade, sob o argumento de que a nova manifestação seria apenas a Marcha da Maconha disfarçada.
A proibição e repressão fizeram com que diversas organizações com as mais diversas causas se juntassem aos organizadores da Marcha da Maconha para promover a Marcha da Liberdade.
Maconheiros (com muito orgulho e muito amor, segundo eles próprios), ambientalistas, sem-teto, bicicleteiros, skatistas, tabagistas, músicos, atores, cineastas, palhaços, escritores, sem-terra, vítimas da ditadura militar, políticos, defensores da legalização do aborto, usuários de ônibus, gays, integrantes da Fração Trotskista da Quarta Internacional, lésbicas e simpatizantes se reuniram no vão livre do Masp para protestar com flores nos cabelos ao som do samba e do maracatu pelo direito de liberdade de expressão e manifestação.
Duzentos e cinquenta policiais militares além de um contingente da Tropa de Choque foram mobilizados para garantir a segurança. Segundo organizadores do protesto, a ordem partiu do Palácio dos Bandeirantes, onde a avaliação foi de que as ações da Justiça e do Ministério Público (que solicitou a proibição) deixaram o governo em má situação.
"Certamente houve uma motivação do governo do Estado que não quer arcar com o ônus da repressão a uma manifestação pacífica", disse o advogado da marcha, Raul Ferreira.
A palavra "maconha" foi ocultada em todas as faixas e camisetas e substituída por "liberdade", "substância" e "pamonha" nos gritos de guerra, provando risos até entre policiais.
Ao contrário da semana passada, quando mesmo depois de um acordo semelhante a PM atacou os manifestantes, a Marcha da Liberdade correu em clima de tranquilidade. A paz só foi quebrada quando integrantes do grupo que protesta contra o aumento da tarifa de ônibus tentou estender uma faixa no mezanino do Conjunto Nacional, na esquina da Paulista com a rua Augusta, e foram contidos pela segurança do prédio.
Quando a marcha já estava no final da rua da Consolação, os punks Júlio Cesar Ferreira Amaral e um amigo identificado como Johny Punk, foram presos depois de chutar e urinar em um carro da TV Globo. Eles já haviam causado tumulto em protestos contra o aumento da tarifa de ônibus e foram censurados pelos próprios organizadores da marcha.
Os temas das manifestações iam desde a legalização das drogas e do aborto até o repúdio aos assassinatos de líderes ambientalistas na Amazônia. Durante a descida da Consolação um grupo gritou em favor do aumento do piso salarial dos policiais civis e militares, arrancando sorrisos dos PMs que trabalhavam na manifestação.
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