Extratos não-psicoativos da cannabis podem reduzir as crises convulsivas em pacientes com epilepsia
Da esquerda para a direita, Dr Gary Stephens, Dr Ben Whalley e Dr Claire Williams
Extratos de maconha reduzem crises convulsivas em pacientes epiléticos
Compostos não-psicoativos da cannabis diminuíram não só o número, mas também a severidade das convulsões.
Três diferentes extratos não-psicoativos da cannabis podem reduzir significativamente as crises convulsivas em pacientes com epilepsia. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Reading, no Reino Unido.
Resultados mostram que compostos derivados da maconha podem reduzir não só o número, mas também a gravidade das convulsões nesses pacientes.
A epilepsia afeta cerca de 1% da população mundial e aproximadamente 30% das pessoas com epilepsia têm convulsões que não são controladas por drogas anticonvulsivantes convencionais. Além disso, estas drogas são associadas com efeitos colaterais motores e cognitivos significativos que afetam negativamente a qualidade de vida dos indivíduos dependentes de seu uso diário.
A equipe de pesquisa, liderada por Ben Whalley, Claire Williams e Gary Stephens, decidiu avaliar se os compostos individuais derivados da cannabis, conhecidos como canabinoides, poderiam fornecer uma solução para alguns dessas convulsões difíceis de tratar.
O grupo publicou recentemente resultados altamente promissores que demonstram que três diferentes compostos não-psicoativos isolados da planta cannabis tem potencial para serem usados no controle terapêutico de crises em epilepsia.
Canabidiol, D 9 -tetrahydrocannabivarin e GWP42006 foram mostrados para reduzir significativamente o número e a gravidade das crises convulsivas em ratos.
" Esperamos que estes resultados conduzam a tratamentos novos, melhores e mais bem tolerados para a epilepsia, reduzindo o número e a gravidade dos episódios convulsivos."
Embora a cannabis seja usada clinicamente e recreativamente há milhares de anos, somente em 1960 o componente psicoativo da maconha, D 9 -THC, foi identificado.
Posteriormente, outros componentes foram isolados e identificados e um pequeno estudo realizado durante o início dos anos 80 sugeriu que pelo menos um destes componentes pode ser útil no controle das crises. No entanto, esta conclusão inicial não havia sido devidamente acompanhada e ampliada até o presente momento.
Fonte: isaude.net
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