Legalizar a canábis só traria vantagens
Motor de um turismo justo e criador de receita fiscal: um semanário marroquino faz futurologia e imagina os benefícios da legalização da “erva”. Leia na edição de abril, já nas bancas.
2022. Há seis anos, Marrocos legalizou a produção e o consumo de canábis. O sol nasce sobre Bulizem, um “duar” (aglomerado urbano) perdido nas profundezas do Rif. Dietrich e Ulrika, um casal de “betinhos” berlinenses, acordam com o cantar do galo.
Na véspera, em casa de uma família de kificultores (produtores de kif, ou seja, de haxixe, resina de canábis) , o turismo rural Erva Verde, comeram um frango suculento, criado à base de sementes de canábis.
É o terceiro dia do seu circuito “Na rota do kif”, um percurso de turismo justo – com um mínimo de intermediários e o máximo de retribuição para as comunidades envolvidas – que é um êxito na Europa, desde a legalização da “erva”, em 2016.
Imposto sobre haxixe rende 1800 milhões
Imposto sobre haxixe rende 1800 milhões
Desde a legalização, os 20 mil milhões de dirhams (cerca de 1,8 mil milhões de euros) de receita anual da TCK, o imposto sobre o consumo de haxixe, foram prioritariamente transferidos para o programa de integração territorial da região. Em dois anos, cobriram o Rif de estradas, escolas e hospitais.
As autoridades locais conseguiram a construção do TGV Tanger-Uída, que Dietrich e Ulrike tomaram no último dia, para se porem em hora e meia na cidade do estreito e tomarem o avião. Um ano de impostos sobre o kif bastou para financiar 80% da obra de construção do TGV Tanger-Uída.
Tudo começara com um referendo nos Estados Unidos, em 2012. O Colorado legalizou o uso “recreativo” da marijuana a 6 de novembro. Um vento de liberalização varreu toda a América.
Após o referendo dinamarquês de 2013 e as as votações em alguns cantões suíços e na Catalunha, foi a vez de a Alemanha legalizar o comércio de canábis. Seguiu-se a França, que nacionalizou a fileira industrial respetiva, obtendo mil milhões de euros em receitas fiscais que vieram mesmo a calhar.
Após o referendo dinamarquês de 2013 e as as votações em alguns cantões suíços e na Catalunha, foi a vez de a Alemanha legalizar o comércio de canábis. Seguiu-se a França, que nacionalizou a fileira industrial respetiva, obtendo mil milhões de euros em receitas fiscais que vieram mesmo a calhar.
Fonte : http://expresso.sapo.pt/legalizar-a-canabis-so-traria-vantagens
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