Notícias – Cannabis pode diminuir risco de cancro da bexiga




Pessoas que fumam cannabis podem estar menos propensas a ter cancro da bexiga do que aquelas que fumam cigarros, apontou um estudo publicado pelo jornal Huffington Post. Investigadores norte-americanos compararam o risco da doença em mais de 83 mil homens, com idades entre 45 e 69 anos, ao longo de 11 anos, que fumavam apenas cigarros, só cannabis ou as duas substâncias, avança o portal Terra.

De acordo com o autor Anil A. Thomas, membro do departamento de urologia no Kaiser Permanente Medical Center em Los Angeles, o uso da cannabis foi associado a uma redução de 45% na incidência de cancro de bexiga. ”Enquanto o de tabaco foi associado a um aumento de 52% no mesmo órgão", complementa. A ligação, segundo ele, não prova uma relação de causa e efeito. “No entanto, a teoria é que existem receptores na bexiga que são afectados pela cannabis."

A pesquisa segue um outro estudo de médicos do California Pacific Medical Center, em São Francisco, que afirma que um composto derivado da cannabis poderia parar a metástase em muitos tipos de cancro agressivo, incluindo os da mama, cérebro e próstata. Enquanto os cientistas continuam a explorar os benefícios de saúde de planta proibida, algumas constatações parecem ecoar o que utilizadores de cannabis medicinal informalmente dizem sobre a cura através da erva.

De acordo com a publicação, no início deste mês, Bill Rosendahl, um vereador de Los Angeles, publicou um vídeo no YouTube anunciando que está a vencer a luta contra o cancro em grande parte graças ao seu uso de cannabis medicinal. "A cannabis medicinal salvou a minha vida", disse ele.

Controvérsia

Por outro lado, um estudo da Escola Keck de Medicina da Universidade do Sul da Califórnia descobriu uma ligação entre o uso de cannabis e um risco de aumento de cancro de testículo.

Segundo o Huffington Post , a controvérsia sobre as aplicações médicas da cannabis levou a Associação Médica Americana em 2009 a recomendar que os legisladores reclassificassem a cannabis para permitir mais pesquisas científicas em seus potenciais usos médicos. A erva, no entanto, continua classificada como substância controlada perigosa, ao lado de heroína e LSD.

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